- Conte tudo!!! Tudo!!! - Tá bom! Eu falo! Na terceira série, eu colei na prova de história. Na quarta-série, eu roubei a peruca do meu tio e colei na cara pra fazer o papel de Moisés na peça da escola. Na quinta série, empurrei minha irmã da escada e culpei o cachorro... Quando minha mãe me mandou para o acampamento para gordinhos, na hora do almoço eu cuspi tudo e fui mandado embora... mas a pior coisa que já fiz foi quando misturei vomito falso em casa, levei escondido ao cinema, subi nos camarotes e aí fiz um barulho tipo - blearrrrrgh, bleaaaaaargh - e joguei lá embaixo sobre as pessoas na platéia. Foi horrível, todas as pessoas enjoaram e começaram a vomitar umas em cima das outras... Eu nunca me senti tão mal em toda a minha vida!!! - Estou começando a gostar desse garoto.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Rosário de piscadas
- A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca.
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia.
Pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre. - E depois que morre - perguntou o Visconde. - Depois que morre, vira hipótese. É ou não é? ("Memórias de Emília", Monteiro Lobato)
A gente nasce, isto é, começa a piscar.
Quem pára de piscar, chegou ao fim, morreu.
Piscar é abrir e fechar os olhos - viver é isso.
É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais.
A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso.
Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia.
Pisca e mama;
pisca e anda;
pisca e brinca;
pisca e estuda;
pisca e ama;
pisca e cria filhos;
pisca e geme os reumatismos;
por fim, pisca pela última vez e morre. - E depois que morre - perguntou o Visconde. - Depois que morre, vira hipótese. É ou não é? ("Memórias de Emília", Monteiro Lobato)
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Do lado de cá da vida
Mãe Lilizinha do Canto B, chamada por mim às pressas, não consegue contatar Patrick Swayze. Ela acredita que seu ghost tenha contrato de exclusividade com a vidente clarividente Oda Mae Brown, que anda desaparecida das telas, do Oscar e dos conventos. Era minha tentativa desesperada de conseguir, com a ajuda do além, a senha para alguma conta milionária, e assim largar tudo e finalmente viver a vida. Quem sabe, mesmo após quase vinte anos e tantos percalços na economia, ainda tenha algo pra raspar da conta de Rita Miller, que imaginei tratar-se de uma parente distante de Morgana Jones Bronson (quando solteira, Morgana Jones Müller – entretanto, os Miller são irlandeses e os Müller, germânicos, conforme explicação filológica inquestionável de seu incansável esposo, Bronson Jr., sempre em busca das verdades onomásticas).
Tão lembrado por outros filmes, Patrick é para mim o eterno surfista gente boa e chefe da quadrilha que assaltava bancos usando máscaras de presidentes dos Estados Unidos no clássico incontestável “Caçadores de emoções”. E é o médico que ajudou pessoas carentes na Índia favelada e não global de “Cidade da esperança” (Índia que me persegue até na música desatualizada de Gilberto Gil abaixo, introduzida na letra certamente com um profundo significado espiritual que em meu apego à matéria não consigo vislumbrar).
Enquanto isso, na misteriosa Santo Amaro da Purificação, dona Canô reitera seu compromisso com a imortalidade e completa hoje seus 102 anos, perfeitamente saudável, serena, incólume, irradiando jovialidade e praticando pilates (quiçá ensaiando passos de uma Purification Dancing), como sói acontecer aos seres eternos baianos. Viva Canô! Viva a Bahia!
.
Desde o tempo do carro de boi
Da época do trem motriz
Do auge dos canaviais Tens vivido a semear a luz
A paz e o amor que tem raiz
Na Índia dos teus ancestrais
Vida cheia de momentos raros
Nesta cara Santo Amaro
Terra de doces paixões
Zeca e todas as meninas
E os meninos, quantos sinos
Quantos hinos, quantas orações
Hás de ouvir de nós
Sempre essa voz
Sempre essa voz
Sempre em tom de louvor
Nossa emoção, Canô
Nesta canção, Canô
Nossa emoção, nesta canção
Parabéns pra você, Canô
Cem anos com você, Canô
Parabéns pra você, Canô
Cem anos com você, Canô
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Qual é a música Pablo?
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